Jovem suspeita ter sido trocada em hospital de Arcoverde e busca pais biológicos

28/11/2012 00:55

 

Quando tinha 12 anos, a jovem Natália Rizia de Oliveira pediu de presente de Natal um teste de DNA. O exame provou que ela não era filha biológica dos pais com quem vivia desde o nascimento. A família já desconfiava de uma possível troca de bebês na Casa de Saúde São Lucas, em Arcoverde, e Natália já sabia da hipótese desde os 7 anos, quando a mãe comunicou a possibilidade.


A mãe de Natália, Neilda de Oliveira, acredita que a troca de bebês pode ter ocorrido no hospital. Ela não fez exames para saber o sexo do bebê durante a gravidez. Após o parto, soube ter dado à luz a um filho homem, mas foi proibida de ver o bebê porque as enfermeiras alegavam a necessidade de cuidados especiais.


A criança que levou para casa foi Natália, que agora busca explicações. No entanto, o processo que investigava a possível troca foi arquivado no Fórum da cidade depois de um acordo aceito pelas duas partes. Em 2007, a Casa de Saúde pagou uma indenização de R$20 mil à família e disponibilizou a lista com os nomes das mulheres que teriam dado à luz na maternidade naquela mesma data.


Um dos diretores da Casa de Saúde São Lucas, Gustavo Azevedo, defende a instituição das acusações. Segundo ele, a busca pelos prontuários continua. "Realmente no prontuário constava que havia um bebê do sexo masculino e daí para frente vamos assumir a problemática - não assumir a troca, porque não temos provas de que foi trocado", afirma.


O hospital está fechado há quase um ano, mas Natália ainda aguarda o fim de sua angústia. "Queria conhecer minha família, ter um contato com eles... mas destrocar, não", diz.


 


Fonte: Itapuama FM